Revista UBC #47: Artistas e profissionais do mercado musical falam sobre as razões de terem decidido trabalhar — e morar — fora do Brasil

Artistas e profissionais do mercado musical falam sobre as razões de terem decidido trabalhar — e morar — fora do Brasil

por_ Eduardo Lemos de_ Londres

Atual diretora de programação do SummerStage, um dos principais festivais de música de Nova York, a produtora brasileira Paula Abreu, 39, deixou o Rio há uma década para fazer mestrado em Performing Arts Administration na New York University. Também trabalhou em organizações culturais como o Lincoln Center e a Red Hot. Persistência e pensamento de longo prazo são, para ela, a receita do sucesso: “Os EUA têm várias vertentes de mercado que podem funcionar para um artista brasileiro, como as comunidades brasileiras, o circuito de casas e clubes independentes ou a rede de universidades e Performing Arts Centers.” No entanto, ela alerta para as barreiras legais (como a necessidade de visto de trabalho) e de idioma: “Em geral, é mais fácil para artistas de língua espanhola criarem público.”

PALAVRA DE ESPECIALISTA

por_ Paula Abreu | de_ Nova York, 3 Fev 2021

Faça uma análise extensiva, pesquise quem é o seu público ou público em potencial e como ele consome música. Avalie quem são os potenciais compradores de shows (festivais, casas, teatros) e parcerias (selos, PR, distribuição). As feiras internacionais são excelentes oportunidades para conhecer compradores e criar relacionamentos internacionais. Costumo dizer que no nosso mercado, o “ativo” mais importante é o relacionamento.

Depois dessa pesquisa e análise, faça uma estratégia bem planejada e tenha em mente que colher resultados satisfatórios talvez só aconteça depois de algumas turnês ou trabalhos realizados.

Paula Abreu